Desde a década de 1930, moradores de São José do Timbózinho e de localidades próximas, no interior de Irineópolis, contam um armazém que se caracteriza pela tradição e variedade de produtos à disposição dos clientes. A edificação em madeira construída em frente à igreja de São José , às margens da estrada principal da localidade, chama a atenção por sua beleza inigualável e pela forma como os clientes são acolhidos no armazém, onde é possível encontrar itens para o dia-a-dia, de alimentos à utensílios e ferramentas. “A gente tem de tudo: secos e molhados, ferramentas, óleos para automóveis, tudo o que precisar. Só não temos remédio porque não pode, mas a gente procura ter um pouco de cada coisa”, conta o proprietário do estabelecimento, Landor Codrignani Assis, que administra o armazém há quase meio século. “Eu estou aqui no armazém há 47 anos. Esse armazém foi do meu sogro e do pai dele, então temos aí em torno de 80 anos de funcionamento e sempre do mesmo jeito. Procuramos preservar como era antigamente, tentando não mudar o estilo”, conta o comerciante.

 

Sendo considerado um dos estabelecimentos comerciais mais antigos da região, e que consegue manter a arquitetura e a forma de trabalho da maneira em que era feita em outros tempos, o armazém recebe constantemente visitantes, que querem conhecer o local e fotografar. “A estrutura é praticamente noventa por cento original, não foi mexido em nada, a não ser alguma pequena reforma para não deixar ela cair. Meu sogro construiu no tempo em que ele era jovem e até hoje o armazém está de pé. Vamos manter assim por bons anos”, explica seu Landor.


O comerciante, que preza pela originalidade do local, afirma que pretende preservar o casarão que abriga o armazém, que ao longo de mais de 80 anos, ajudou a construir a história da localidade do Timbózinho. “Antigamente tinha muita dificuldade, não tinha energia, não tinha geladeira… Então tinha um buraco no chão com uma tampa, onde eram colocadas as bebidas para ficarem geladas. Era bem complicado antigamente, mas aos poucos as coisas foram evoluindo”, recorda seu Landor, que contou que antigamente o armazém também vendia tecido para confecção de roupas, mas com a popularização das roupas industrializadas, não vende mais.

 

(Texto: José Rossi Júnior – Jornal Correio do Norte)




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